Nesta noite sonhei que o artista Enauro de Castro conduzia uma bicicleta, sendo que eu estava na garupa.
Após nos perdermos, nos vimos por entre labirintos e, logo em seguida, num caminho que se entendia longamente à nossa frente sem sabermos ao certo aonde chegaríamos.
Não havia lugar aonde se chegar.
O condutor da bicicleta continuava em sua carreira
Tentei falar para que ele pisasse no freio e, no entanto, ele não me obedecia, não me ouvia
Não tive outra opção senão tomar a direção do veículo, dar meia volta, voltar...
Quando fiz isso, a bicicleta virou um cavalo, spin equestre, animal
Senti-me bem mais familiar, vi que sim, agora poderia ter domínio da situação
A minha visão é a de que todos os personagens que aparecem num sonho somos nós mesmos desdobrados em vários para que, como num espelho, nos entendamos, compreendamos o mundo, o nosso derredor e, se não me comprendi, pelo menos isto despertou-me quanto a esta necessidade.
Voltei.